sábado, 7 de julho de 2012

Degustando a primeira weiss e envasando a segunda

Depois de 14 dias de fermentação entre 16 e 20 graus e mais 7 dias de carbonatação na garrafa entre 23 e 27 graus (temperatura não muito adequada), finalmente a primeira produção de Weiss foi degustada.

Bem carbonatada e com coloração adequada
Admito que perceber que minha primeira cerveja era "bebível" me deixou muito feliz, mas não fiquei satisfeito com o resultado final pois sei que ela poderia ter ficado muito melhor (ok, eu sei que eu não podia esperar que ela ficasse igual a Paulaner - pelo menos não desta vez :-) ). 

A Weiss ficou com um aroma interessante, mas há algo mais nele que não consegui identificar e que não me agrada. Ela ficou refrescante, mas com um excesso de amargor, possivelmente devido a baixa produção final (15 litros para uma receita de 25l) que deve ter contribuído para o destaque do lúpulo (eu gosto de cervejas lupuladas, mas na minha opinião, ela não ficou muito agradável ao paladar). 

O que mais me incomodou foi a adstringência (obrigado ao Chico pela observação) e um sabor metalizado que se prolonga no fundo da boca e na garganta após o término do copo (talvez tenha relação com o aroma não identificado que percebo). Dois fatores podem ter tido influência neste problema: falta de oxidação passiva das panelas (desconhecia completamente a necessidade) ou excesso de iodofor na sanitização dos equipamentos e garrafas.

Estas são lições a serem aprendidas, mas produções caseiras tem disso: fazendo e aprendendo.

Transferindo a cerveja para outro fermentador para fazer o priming
A segunda produção de Weiss, que já corrigiu alguns erros na primeira, mas onde novas falhas no processo, até então desconhecidas, foram descobertas (veja na foto acima a possível oxidação da cerveja na transferência inadequada para outro fermentador - mais um procedimento a ser aprimorado na próxima produção), foi engarrafada após 9 dias de fermentação, apenas 2 dias após o final da fermentação primária, pois o calor inesperado e a falta de equipamentos para manter a cerveja em uma temperatura controlada aceleraram o processo (para fazer cerveja no verão uma geladeira com um termostato digital TIC será indispensável). 

A segunda Weiss teve densidade inicial de 1048 (OG) e densidade final de 1007 (FG), e deve ficar com 5.5% ABV. Ela ficou bem mais aromática (devido a não realização da fermentação secundária?) e já esta carbonatando a todo vapor. Com a frente fria que chegou é possível que só possamos degustá-la lá pelo final da próxima semana, mas terei de testá-la antes, como fiz da primeira vez, mas isso é papo para um futuro post.

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